quarta-feira, 11 de julho de 2007

Fim de caso

Uma coisa que me intriga é aquela choradeira de fim de relacionamento. É uma tristeza sem fim, um chororô, depressão, overdoses de aspirina, bebedeira... e por aí vai, de acordo com o gosto do cliente.
Pra quê tudo isso? Gente, como dizia minha avó, ninguém morre de amor. A não ser os suicidas, mas os suicidas são uma categoria à parte, como diria o velho Durkheim ( hoje tô cheia de referências confiáveis)
Aí, a gente faz aquela baixaria, chora na frente do porteiro, liga pros amigos às 3 da manhã, mobiliza a família, toma uns porres, sai agarrando uns adolescentes na balada, dias e mais dias de ressaca moral. E o que acontece?
Acontece que passa. Depois de uns meses ninguém lembra mais porque foi tudo aquilo. E o que fazer com as lembranças das baixarias? Ignorar. Sim, ignore na maior cara de pau, faz de conta que não foi com você. E se alguém tiver a desfaçatez de perguntar diz que foi possuída por uma força estranha, fala que devia ser macumba daquele desgraçado.
Agora, outra coisa que me intriga é como é que passa? Aquele amor que você tinha certeza que era o maior do mundo, simplesmente passa. Tá certo que ele fez um monte de merda, tá certo que toda sexta-feira era dia de pizza, tá certo que você tinha que cortar as unhas do pé dele, tá certo que ele nunca lavava a louça, tá certo, tá certo. Mas a questão é que parecia que era O CARA. Parecia que nada ia abalar aquele amor, que era possível entender qualquer defeito, e toda aquela baboseira de novela. Como é que a gente passa dessa fé inabalável no amor romântico pra indiferença absoluta? Sei lá. Mas as duas coisas são boas( e viva o otimismo).
É gostoso encontrar um amorzinho que dá aquele calor, que preenche suas noites solitárias, que te faz pensar em morar de novo com alguém, etc. Mesmo sem entender porque, foda-se o porque. O que interessa é que é bom.
E arrisco dizer que é melhor ainda você conseguir se livrar completamente daquele chato que não ama mais. No começo dói um pouco, mas depois vai que é uma beleza, nem precisa KY. E liberdade nunca fez mal pra ninguém, não é minha gente?
Minha vó que não se conforma, diz que eu sou solteirona e já passei da idade de casar, que marido é tudo ruim e que eu tenho que escolher logo qualquer um. A coitadinha tá esclerosada, não enxerga nem escuta mais ninguém, mas quando eu chego vai logo perguntando se arrumei um noivo. Pois é vó, não arrumei ainda mas tô feliz assim. Não se preocupe.
E vamos por aí, catando um gato aqui e um sapo acolá. Se vou casar com qualquer um como sugere minha avó é cedo pra decidir, por enquanto estou satisfeita com meu status de mulher solteira.

Um comentário:

Unknown disse...

somos duas, minha querida!