quarta-feira, 4 de julho de 2007

E por falar nisso...

Lembrando de coisas que mãe não aprova, lembrei que até bem pouco tempo eu não falava palavrão em público. De vez em quando um filha da puta, mas só.
Então fiquei pensando, de onde saiu esse bloqueio? Aí lembrei de quando eu tinha uns 6 anos e bem na frente da escola tinha um muro onde estava pichado BUCETA. Euzinha na pureza dos meus 6 anos e pouca leitura fui perguntar pra minha mãe o que queria dizer.
Ela explicou: é um jeito muito feio de falar florzinha, vc não deve falar essa palavra feia. Promete?
Prometo.
E cumpri a promessa por vários anos, afinal nunca quis decepcionar a mamãe.
Até que chegou um momento da minha vida que eu precisava botar os palavrões todos pra fora. Abri as comportas e não parei mais, agora eu falo todos.
Falo cabaço, que sempre odiei e nem sei se é palavrão. E xoxota, também não gosto mas falo adoidado. Uma opção que curto pra xoxota é xana, acho mais natural. E tem PORRA que sempre foi meu sonho poder dizer à vontade.
Mas tenho meus preferidos. Pra xingar quando bate o dedão na quina é BUCETA.
E pra qualquer coisa boa ou ruim é CARALHO. Esse é sem dúvida o palavrão mais versátil. É do caralho!
Pra nomear o dito cujo gosto muito de pau, cai bem durante o ato. Pinto é tão espontâneo que dá vontade pegar logo de uma vez. Já bilau é broxante, assim como bráulio, blargh! Chupa meu bilau?! Péssimo.
Hoje em dia falo palavrão até perto da minha mãe, ela continua pura nas palavras mas não se incomoda mais comigo.
Ela entendeu que minha florzinha virou buceta faz tempo.

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