segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Amor

7 anos não é pra qualquer um. Pra contrariar as expectativas, fechando o sétimo ano sem crise. O único dos 7 sem crise? Somos do contra mesmo.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Mais uma blusa no metrô?

Hoje, quando cheguei na estação República, ouvi um aviso que advertia sobre lentidão na linha. Um funcionário do metrô me disse que no sentido Barra Funda eu podia embarcar tranquila, já no outro sentido...
A plataforma tava cheia quando embarquei. O trem começou a cheirar queimado assim que entrei. As pessoas começaram a se olhar (e isso é muito difícil de acontecer) e comentar sobre as ocorrências que já tinham passado hoje. Ficamos com medo porque o cheiro de queimado só aumentava.
Na estação Marechal pediram a todos que desembarcassem e o trem foi embora vazio. Trocamos de trem. Fiquei em dúvida se o problema de hoje também foi uma blusa, afinal, é algo comum blusas se prenderem nas portas do metrô. Assim como bolsas, pessoas, mochilas, etc...
Mais uma vez encontrei notícias sobre o ocorrido, que apresentam apenas a versão oficial do metrô. Ninguém falou sobre o problema real do trem. Porque estava com cheiro de queimado? Era o único trem com problemas hoje, ou era um problema da linha? Não sei.
Será que a Soninha sabe? Sabotagem?


portal terra

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Metrô ou monte de cocô

Se o uol apresentou uma listinha com os problemas relatados pelo metrô com 12 ocorrências nos últimos 2 meses, imaginem quantas ocorrências reais aconteceram.
Quem usa o metrô sabe que todo dia é dia de transtorno, não, ele não funciona bem. Não comporta a quantidade de passageiros, não é eficiente, nem humanamente aceitável.
Hoje, quando cheguei na estação república (às 9h45), tinha uma folha escrita à mão avisando que havia um problema na sé e, por isso, a estação estava fechada. Os alto-falantes informavam que os trens estavam parados devido a presença de usuários na linha. Logo imaginei que era um suicídio coletivo.
Interessante observar que a culpa pelo péssimo funcionamento dessa bagaça sempre sobra pro usuário (que paga R$ 2,65 por passagem). Segundo o atual governador, o tal de Goldman, o problema de hoje foi causado por uma blusa presa à porta. É mesmo? Que trenzinho frágil, né?
Outro ponto interessante é que a demora em normalizar o funcionamento do metrô deveu-se mais uma vez à imprudência dos usuários, que saíram dos trens e caminharam pelas vias. Quem quiser ver com os próprios olhos pode procurar no youtube. Achei também um vídeo (trecho de reportagem) no portal R7.
- Gente pobre, porque vocês não quiseram ficar enlatados dentro dos trens? Porque tanta revolta, tanta impaciência? O metrô é feito por cada um de nós (é só conferir nos cartazes), são as nossas atitudes que podem fazer do metrô um lugar melhor.
Como discordar do marketing do metrô? Somos nós que fazemos essa merda mesmo, ou melhor, nós pagamos essa merda. Ou melhor, nós quebramos essa merda. Não dá pra ficar impassível todo dia.
Há esperança? Claro, Alckmiiiim vem aí, lá, lá, lá, lá, lá, lá. Vamos ampliar as marginais e comprar carros, esse projeto tá funcionando. Num tá? Os pobres podem, quem sabe, conseguir um financiamento? Ninguém abandona o carro pra reclamar do trânsito, esse povo pode se civilizar.
Pior que todo esse acontecimento é a forma como ele é tratado pela imprensa. Uma notinha dá conta de pontuar o que houve, se não houvesse internet talvez ninguém nem soubesse (ninguém que não anda de metrô).
Vomito agora ou mais tarde?
Amanhã, no metrô.

A merda, na merda do uol.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Um olho é um olho

Ele me olhava nos olhos com insistência. Sabe quando a pessoa não consegue parar de te olhar?
Eu estava comendo ainda, enquanto ele já tinha terminado e me olhava com uma cara de quem se divertia.
Nuvens, quando tudo é legal e você se sente. Ele se divertia e isso era bom.
Arregalei os olhos, fazendo uma careta pra ele saber que estava curtindo. Ele riu de leve.
Ficamos conversando em frente aos pratos sujos, íntimos. Zonza. Alegre. Leve.
- Preciso ir ao banheiro.
Quando me olhei no espelho, o delineador estava borrado. Um olho mais caído que o outro. Ridícula.
Comicidade não parecia uma qualidade naquele momento. Limpei o olho, tentei deixar os dois iguais de novo.
Agora eu não tinha mais certeza de que a noite estava boa. O riso. Merda.
Como podia mudar tudo tão rápido? Menos de 5 minutos antes ele parecia apaixonado. Agora ela era a ridícula.
Voltei pra mesa onde agora tinha um copo de cerveja me esperando. Ele sorriu.
Ufa!
Acabamos trepando loucamente, como dizem.
Depois de um tempo esqueci o olho, o delineador, o cheiro de comida enquanto ele ria. Esqueci tudo, inclusive ele.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

O banheiro

A funcionária se levantou de sua mesa e foi ao banheiro pela primeira vez no dia. A sua supervisora anotou: Saída às 16:28/ Volta às 16:34.
A funcionária se levantou de sua mesa e se dirigiu ao banheiro pela segunda vez no dia. A sua supervisora anotou: Saída às 17:58... - Porque você não usa esse banheiro aqui? É mais próximo. A funcionária justificou - É que aproveito para beber água quando vou ao banheiro. Volta às 18:05.
Às 18:34 a supervisora chamou a funcionária até a sua mesa. - E se você deixar uma garrafa de água no frigobar? Fica mais perto pra você. A funcionária disse que aproveitava a ida ao banheiro para pegar um café, ou uma bolachinha pra enganar a fome.
Às 19:37 a supervisora trouxe uma bandeja com alimentos: frutas, bolachas e chocolates. E bebidas: água com gás e sem gás, suco e refrigerante diet. Trouxe o frigobar para mais perto e abasteceu-o com os alimentos e bebidas - Olha, vou deixar o frigobar cheio e bem pertinho de você. Não é bom?
A funcionária gostou - Puxa! Não tinha pensado nisso, ótima idéia. E o penico?