sexta-feira, 9 de setembro de 2011

mais um exercício dramático - hamlet

Talvez vocês não acreditem no que eu vou dizer agora. Eu vi o fantasma do meu pai ontem a noite. Ele se chamava Hamlet e era o rei. Engraçado é que eu fiquei pensando se na verdade o fantasma era eu. Não, eu sou um príncipe apenas. Eu sou o príncipe Hamlet, prazer.
O fantasma do meu pai me contou sobre o seu próprio assassinato e pediu vingança. Eu vingo, eu vingarei, meu pai. Engraçado que eu achei que o fantasma era eu, no escuro até que parecia. Pai, paizinho, é comum isso de os reis serem assassinados, são os ossos do ofício. O trono é uma coisa que só muda de dono com a morte, por isso os reis morrem.
Eu não, ainda não sou rei. Normalmente quem assume o trono é o assassino, não é assim? Normalmente o assassino é da família, não é? Papai, isso é tão comum entre os reis. Quer mesmo essa vingança? afinal o assassino é seu irmão e eu também posso morrer.
Eu mesmo duvido do que vi e ouvi, vingança? Parece absurdo e, num certo momento, eu realmente achei que o fantasma era eu.

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