A cidade está em obras
Por onde ando ouço o martelar
Passos. Braços. tac tac tac
o barulho constante que me acorda
movimento de braços mortos, cansados
Não se vê o fim da obra, eu não vejo o fim
Só o barulho que aos poucos ensurdece
o concreto que endurece
Risadas ensaiadas. Buzina.
A cidade está em reforma, por onde ando, por onde entro
o ruído.
Aqui dentro também ouço o martelar,
o tique-taque constante do tempo
Ruidosamente operando
Ruidosa
mente
Cuidado. Em obras.
2 comentários:
nossas obras tão piores que as da marta. não tem nem previsão de término.
flor, leia o texto do antonio prata novo, apocalipse 2.0
Postar um comentário