segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

paixonites - amores imaginários

às vezes a gente se apaixona por nada
uma vez me apaixonei pela camiseta do che guevara, era vermelha e o che preto
ainda hoje quando vejo uma dessas minhas pernas amolecem
dentro da camiseta ia um belo moreno de barba por fazer que eu acreditava revolucionário
revolucionária era o tipo da paixão
ele era apaixonado pela ex e não me comia
infelizmente não parava de usar a tal camiseta e essa paixão durou uns 3 meses
anos depois eu o reencontrei
guardava uma foto nossa bêbados em nossa primeira festa


teve uma outra que me apaixonei por uns olhos estrábicos e muito verdes
embaixo vinha um corpão e pernas de jogador de futebol
o mais bonitinho é que o gatinho também ficou apaixonado e eu tinha namorado
amor tipo impossível é esse tipo
eu escrevi numa folha de caderno aquela música "foi assim, como ver o mar/ a primeira vez que meus olhos, se viram no seu olhar..."
ele guardou esse papel na carteira por muito tempo depois de eu perder o interesse

já tive muitas paixões por nada destinadas a minguarem logo
vou contar só mais uma
era um gato desses misteriosos, estilo indefinido e mais jovem que eu
piercing no nariz pode ser broxante, mas não nesse caso um tanto skatista
lindo lindo e não parecia tão jovem, meio blazé mas não era possível acusá-lo
uma coisa artística e uma câmera na mão
arredio
logo que nos conhecemos me deu uns amassos e eu fugi
ah sou casada vamos embora e tals - desculpas que dizemos
nunca mais ele esteve ao alcance e durou uns bons meses essa paixão tipo frustrada

teve uma outra também, que nasceu num carnaval e minguou contra minha vontade
mas dessa aí eu não conto mais
não passou

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