segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Paris é...

Ainda não me acostumei com a sua ida a Paris. Nem tanto pela inveja, nem pelo sonho que sempre foi Paris para nós mortais pobres. Porque é muito diferente IR para Paris e passear em Paris todas as férias. Para nós tem cara de sonho, ou tinha.

Paris é uma festa, dizem.
Espero que seja uma festa mesmo, você vai aproveitar bastante. Só não sei como vai sobreviver à festa sem a gente. Quem vai controlar sua bebida, seu fumo, sua alegria? Ok, finalmente sem controle...
Pelo menos volte escritor, não volte antes disso. Não me venha com desculpas. Não me venha com a falta de tempo e o excesso de trabalho. Não vá até Paris pra trabalhar, não vá.
Aproveite nossa ausência e esqueça que é um rapaz maduro desde o nascimento.
Paris é uma puta, dizem, e acho que até você pode curtir uma putona. Não vá até lá pra comer camembert e tomar vinho na taça.
Use boina, cachecol ou gola rolê. Se colocar tudo junto me manda uma foto.

Ainda não me acostumei com essa ida a Paris.
Essa ida repentina me coloca diversos problemas que não sei como resolver.
Como suportar as tarde chuvosas de verão? Aposto que em Paris não chove todo dia.
Quem vai me socorrer no caso de mais uma separação?
Com quem vou conversar academices? E as reflexões filosóficas?
E pior: o que vou fazer com a minha já conhecida mediocridade? Ela ficou em evidência e isso é difícil perdoar.

2 comentários:

daniel disse...

olha, te dizer que teve pra mim mais ou menos o mesmo efeito daquela sua música de chorar (sempre ela) que eu confundia com a versão política: me debulhei, sua bandida. vamos por partes.

primeiro o trabalho. ele vai ser necessário. mas aproveitando nosso status de leitores semi-(medi-)únicos um do outro, é só dar um pulo ali nas resoluções pra ver que a número oito diz o seguinte: reduzir o ritmo. essa é, pra mim, uma das mais importantes das dezessete. palavra de escoteiro.

em segundo lugar, fique você sabendo que eu também ainda não estou sabendo como sobreviver à festa sem vocês, as minhas festas que ficarão por aqui. de todo jeito, entre mortos e feridos, hemos de nos salvar todos.

só espero sinceramente que nenhum dos lados se acostume demais à ausência. porque tem obrigatoriamente uma volta e, mesmo com todas as mudanças que fatalmente vão ter ocorrido neste ano, o petit comité vai ser sempre o essencial. aquele que a gente precisa pra sobreviver igual água, comida, sexo e cerveja, sabe?

espero ter conseguido fugir da pieguice extrema.

um beijo,
d.

flávia coelho disse...

ok, eu não fugi da pieguice... (pausa p/ lágrimas)mas vc conseguiu. bjs.