sábado, 6 de julho de 2013

feliz aniversário, dani

hoje acordo com o interfone - bom dia flávia, chegou um sedex pra você e um pro daniel, vou aí entregar. abro a porta pra receber os sedexs, o jornal e - chegou a revista do daniel também.
esse "chegou a revista do daniel também"... tomei café e li o jornal do daniel, tirei fora os cadernos de imóveis, automóveis, páginas e mais páginas de pura publicidade, dobrei o jornal e guardei pra quando ele voltar.
fui almoçar - tá sozinha hoje? tá todo mundo passeando? respondi que não sabia de todos.
ontem a noite - o daniel foi pra onde? vai passar o niver lá? porque você não foi pro rio também? não sei porque não fui... não somos colados e ele deve querer ficar um pouco longe de mim.
ontem a noite mais cedo - o daniel foi que horas? quando ele volta?
ontem a tarde - gatinha, me passa o cel do dani?
ontem a tarde, sms do daniel no caminho - capim do vale vara de goiabeira na beira do rio, paro para me benzer. mãe d'água sai um pouquinho desse seu leito ninho que eu tenho um carinho para lhe fazer...

as revistas e os jornais do daniel, as plantas, os horários, os trabalhos, os móveis, as roupas, os livros, os amigos, as listas, os links, os postits, os filmes, as músicas, as contas, as compras, as evasivas, as transas, as risadas, os olhos espremidos, os pigarros, os dentes, as nádegas, as palavras. o que é do daniel? um universo de coisas semi(e)concretas, coladas (mas não fixadas) numa certa organização. um mural semi público de manias, obsessões, belezas, tristezas, delícias e ideias. um principiante agitar de bandeira. uma concha. uns suspiros incertos. umas onomatopéias.
me pergunto se perguntam tanto de mim pra ele. me pergunto se a influênciação dele é visível pros outros. me pergunto se é visível pra ele.
me sinto sortuda, porque apesar de não transarmos um com o outro, ou justamente por isso, temos uma bela história de amor. eu tenho, pelo menos.

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