terça-feira, 22 de junho de 2010

No contexto do surrealismo

É guerra. Soube que na guerra nada mais importa, nem as pessoas. As estrelas se apagam porque não é mais possível imaginá-las. Quem poderia ainda imaginá-las? As pessoas ocupam-se em matar as pessoas. Mas é uma morte iniciada há tempos, positivamente. Mas é uma morte iniciada. Positivo. Se tudo tem uma causa, é um efeito. O efeito é fácil de deduzir, ainda mais fácil reduzir. Assim tudo se explica, se analisa e se define.
A lógica agora é essa: a guerra é imaginada. Imagine uma guerra contra o real: as estrelas se reacendem. Não vejo mais os corpos dilacerados por fogo, as estrelas se acendem. É uma guerra sonhada que acontece lado a lado com a redução da realidade às causas, é um efeito. A realidade mostra suas caras nas trincheiras e confunde a cabeça dos homens, eles acham que sonham. Sonho ou realidade, isso ou aquilo, queijo ou goiabada? Romeu e julieta, por favor.

2 comentários:

daniel disse...

é gostoso.

(...)

te ler, não a guerra.

Tiago Fabris Rendelli disse...

Quero tudo isso. Queijo, goiabada, romeo e julieta.
T.